Zé!
Eu sou alguém que todos adoram julgar, apontar e acusar.
Eu sou o Foda, o Puta que Pariu, o Vai Tomar no Centro da Terra, o Filho da Puta.
Eu levanto todos os dias em plena 6h da manhã para mastigar as migalhas do pão em que o diabo amassou.
Eu ajo como um parasita, uma mosca morta, que vive a rondar nas terras insanas do pensar.
Eu caminho, me sentindo, pois sou um Andrógeno glorioso e psicodélico, que firma sua sabedoria no universo em extensão.
Eu vejo, através das minhas mentiras e de suas humilhações num espelho quebrado, onde não prefiro opinar.
Eu me sinto como um frasco lacrado fora de validade, rotulado e tachado.
Eu trabalho 24h na admiração da vida alheia, tenho certeza sou desconfiável – Não sei se sou digno de ser amigável.
Eu bebo meu suor e seu sangue amargo.
Eu caminho passos largos pela calçada, carregando o fardo de minhas melancolias numa mochila de madeira.
Eu todos os dias alfineto o universo alheio e devoro-os -os com minha boca suja de polêmica.
Eu deito atrás da porta num chão gelado, cheios de cacos a me cortar. Eu cerro os olhos no inaceitável pensar do raiar do novo dia.
Eu exalo a excentricidade da linha entre genialidade e loucura.
Eu? Eu sou o Zé!
Por Alex Vieira e Fernanda Mesquita
Valeo Zé !!
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